A Infância de Ayrton Senna - Formula 1
Parte 8
(Depoimento de Neyde Senna da Silva - Mãe de Ayrton)
Foto: Viviane Senna e Ayrton
O Beco foi brigão no colégio. Vivia arrumando confusão no pátio, no recreio, ,as era atento nas aulas. Por isso eu aceitava o habito dele só fazer as lições de casa dez ou 15 minutos antes de ir à escola. Levantava cedo e, sem preguiça, resolvia os remas rapidamente, como tudo o que fez na vida. Só quando tinha prova é que eu lhe tomava a lição. Mas ele quase sempre sabia tudo. Não era de estudar muito em casa, nunca foi o primeiro da classe, mas estava longe dos últimos.
Certa vez presenciei um curioso diálogo no café da manhã entre o Ayrton e a Viviane. Ele ficara impressionado com o fato da irmã ter estudado até tarde da noite para uma prova de francês. Quando soube que ela precisava só de meio ponto, acabou a solidariedade. Caiu na gargalhada. Afinal, ele havia precisado de quatro pontos em português e tinha resolvido tudo em meia hora.
A roupa só foi se tornar uma preocupação para o Beco depois da adolescência.
Até então, usava o que lhe comprávamos, sem preferências. Porém, foi um recordista em gastar sapatos. Ou melhor, botas, porque nenhum calçado convencional resistia por mais de 15 dias às suas travessuras.
Duas semanas era o tempo exato para a bota abrir a sola. E eram botas reforçadas, de cano médio e com contrafortes no calcanhar e no bico. Ele fazia test driver com elas. Calçava-as, armava uma corrida e brecava. Se as botas deslizassem, ele não queria. Tinham que segura-lo. O Beco podia ser sócio da Sapataria Hollywood, uma loja que ficava bem na esquina da nossa rua. O seu Rodolfo, dono da loja, jamais se descuidou da bota preferida do Ayrton. Sempre havia um estoque delas.
Parte 8
(Depoimento de Neyde Senna da Silva - Mãe de Ayrton)
Foto: Viviane Senna e Ayrton
O Beco foi brigão no colégio. Vivia arrumando confusão no pátio, no recreio, ,as era atento nas aulas. Por isso eu aceitava o habito dele só fazer as lições de casa dez ou 15 minutos antes de ir à escola. Levantava cedo e, sem preguiça, resolvia os remas rapidamente, como tudo o que fez na vida. Só quando tinha prova é que eu lhe tomava a lição. Mas ele quase sempre sabia tudo. Não era de estudar muito em casa, nunca foi o primeiro da classe, mas estava longe dos últimos.
Certa vez presenciei um curioso diálogo no café da manhã entre o Ayrton e a Viviane. Ele ficara impressionado com o fato da irmã ter estudado até tarde da noite para uma prova de francês. Quando soube que ela precisava só de meio ponto, acabou a solidariedade. Caiu na gargalhada. Afinal, ele havia precisado de quatro pontos em português e tinha resolvido tudo em meia hora.
A roupa só foi se tornar uma preocupação para o Beco depois da adolescência.
Até então, usava o que lhe comprávamos, sem preferências. Porém, foi um recordista em gastar sapatos. Ou melhor, botas, porque nenhum calçado convencional resistia por mais de 15 dias às suas travessuras.
Duas semanas era o tempo exato para a bota abrir a sola. E eram botas reforçadas, de cano médio e com contrafortes no calcanhar e no bico. Ele fazia test driver com elas. Calçava-as, armava uma corrida e brecava. Se as botas deslizassem, ele não queria. Tinham que segura-lo. O Beco podia ser sócio da Sapataria Hollywood, uma loja que ficava bem na esquina da nossa rua. O seu Rodolfo, dono da loja, jamais se descuidou da bota preferida do Ayrton. Sempre havia um estoque delas.
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